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Foto/Divulgação - Projeto Profissão Catador é uma iniciativa de inclusão social mantida pela incubadora Inactesocial/Unicruz,da Fundação Universidade de Cruz Alta
A tecnologia social Profissão Catador, desenvolvida em Cruz Alta, foi uma das contempladas pelo edital de reaplicação de tecnologias sociais (Reaplica TS), da Fundação Banco do Brasil e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Certificada pelo Prêmio Fundação BB de Tecnologia Social em 2013, a iniciativa é mantida pela incubadora Inactesocial/Unicruz, da Fundação Universidade de Cruz Alta, e atua na inclusão dos catadores de materiais recicláveis, na geração de trabalho e na conscientização socioambiental, a partir da organização dos grupos em associações para comercialização de materiais recicláveis. O trabalho é voltado aos princípios da economia solidária e ao processo de autogestão, e agora será adaptado também a outros três municípios gaúchos - Ibirubá, Salto do Jacuí e Tupanciretã - totalizando cerca de 200 profissionais cadastrados.
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As mulheres catadoras desempenham um papel de destaque na iniciativa, inclusive assumindo posições de liderança nos projetos. Um exemplo é Juçara Martins da Silva, 49 anos, presidente da Associação de Catadores Cidadania Sustentável Ibirubá (ACCSI), entidade vinculada à Profissão Catador. Com mais de 10 anos de experiência com recicláveis e cinco como presidente da ACCSI, Juçara é responsável pelo trabalho e produção dos 22 associados. Ela explica que cada catador consegue receber o equivalente a um salário mínimo por mês com a venda dos produtos.
- Aqui na associação a gente aproveita tudo, papel, papelão, latinha, garrafas PET entre outros. Mas o material que mais dá lucro é o isopor, que a gente vende por um real o quilo. A metodologia desempenha um papel muito importante na associação, pois nos auxilia com palestras, cursos, capacitações, formações, equipamentos e assistência social - diz.
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O investimento social foi de aproximadamente R$ 1 milhão, destinado à aquisição de um caminhão para fazer o transporte de resíduos sólidos, compra de equipamentos como prensa hidráulica, esteira e empilhadeira, Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), materiais de escritório, divulgação das atividades, além da criação de novos uniformes para os catadores.
- Queremos fortalecer o trabalho associativo, ampliar as negociações para a coleta seletiva nos municípios de abrangência, promover maior conscientização socioambiental nas comunidades, ampliar as possibilidades de empoderamento e capacitação dos catadores para a prestação de serviços e negociação com o poder público e fortalecer a infraestrutura das associações de catadores - destaca Enedina Teixeira, uma das coordenadoras do projeto.
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Além desta reaplicação em Cruz Alta, o edital selecionou entidades de todas as regiões do país - cinco do Nordeste, duas do Norte, duas do Sul, uma do Centro-Oeste e uma do Sudeste. Os valores disponibilizados para as selecionadas variam entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão.
As entidades com diretorias compostas por, no mínimo, 50% de mulheres ou que possuam tecnologia social certificada pela Fundação BB receberam bonificação extra, conforme os critérios do certame. O investimento total na seleção foi de R$ 10 milhões. (Com informações da Fundação Banco do Brasil)